domingo, 30 de dezembro de 2007

Na quinta-feira, 03 de janeiro, começa a minha viagem pro fim do mundo. É assim como também é conhecido o extremo sul da América. Eu e mais dois amigos resolvemos aproveitar nossas férias embarcando numa viagem meio maluca: percorrer 12.000 Km de ônibus por uma paisagem, em sua maior parte, aparentemente monótona e deserta. Nosso roteiro inclui, mais ou menos na ordem, Buenos Aires, Bariloche, El Chaltén, El Calafate, Rio Gallegos, Ushuaia, Puerto Madryn, Península Valdez e, novamente, Buenos Aires. Isso consiste percorrer boa parte da costa oeste da Argentina, beirando a Cordilheira dos Andes, e voltar pela costa leste.
Falei paisagem “aparentemente” monótona por ser tratar de uma grande extensão de estepes, cuja vegetação é rala e quase desértica. Porém, a região da Patagônia é conhecida como uma das regiões mais deslumbrantes do mundo.
Vou lá conferir!!
Peço licença a vocês, para fazer desse uma espécie de “diário de bordo”, onde eu possa colocar minhas impressões da viagem, como também coisas curiosas que formos presenciando ou até sendo protagonistas. De alguma forma, além de um registro de viagem, será um meio de comunicação com os amigos e familiares.
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver...”
Amyr Klink.